POST 2 – 24 HORAS EM AMSTERDAM
Após a intensa imersão no universo da pequena Anne Frank, durante a manhã, aproveitei a companhia da minha amiga Hannah pra seguir na “saga das 24 horas em Amsterdam”. A parte da tarde, dedicamos à uma viagem ao mundo do pintor Vincent van Gogh.
Desde jovem, van Gogh demonstrou ser um pintor muito talentoso, e foi fortemente estimulado por Theo, seu irmão e fiel parceiro. Vincent van Gogh começou sua expressão artística através do desenho, mas fez poucos. Sua forte aptidão sempre foi a pintura.
Ingressou na escola de arte Hague School, onde conheceu seu mestre: Anton Mauve (1881). Mauve mudou sua vida acadêmica, ensinando-o a aprimorar técnicas, antes desconhecidas por van Gogh. “M. has taught me to see so many things I didn’t see before”*
* “M. me ensinou a ver muitas coisas que eu não via antes”
Suas primeiras pinturas têm tons de cores escuras, sóbrias. Já a obra “The Kitchen Princess” (1872) tem cores muito suaves. Que tela maravilhosa! “Chopping Trees on the Île de Croissy” é uma obra inacabada, impressionante, gigante, com poucas linhas.
Quando van Gogh mudou-se para Paris, sua arte ganhou novas cores, mais claras e mais comerciais, já que o objetivo do pintor era comercializar portraits e paisagens para a alta sociedade. A princípio, essas obras pareciam inacabadas, com cores sem harmonia. Já na obra “The Bridge in the Rain”, feita na província da França, finalmente van Gogh concluiu que havia acertado os tons das cores.
Afinal, quem cortou a orelha de Vincent van Gogh?
Vincent van Gogh teve o lóbulo de sua orelha esquerda decepado. A história real por detrás dessa estória é um enigma até hoje. Dois historiadores alemães afirmam que o pintor perdeu a orelha em uma briga com seu amigo, o artista francês Paul Gauguin. A versão oficial sobre o lendário ato de auto-mutilação de van Gogh é que o pintor holandês, perturbado, cortou sua própria orelha com uma lâmina de barbear, em um acesso de loucura, depois que ele teve uma briga com Gauguin, em uma noite pouco antes do Natal de 1888.
Sangrando muito, van Gogh envolveu sua cabeça com um pano, caminhou até um bordel nas proximidades e apresentou a orelha decepada à uma prostituta, que desmaiou quando ele a entregou. Ele então foi para casa dormir, em uma cama encharcada de sangue, onde quase sangrou até a morte, antes que a polícia, alertada pela prostituta, o encontrasse na manhã seguinte. Ele estava inconsciente e imediatamente foi levado ao hospital local. Assim que acordou, pediu para ver Gauguin, mas seu amigo se recusou a vê-lo.
Um novo livro, publicado na Alemanha, argumenta que Vincent van Gogh pode ter inventado toda a história para proteger seu amigo Gauguin, um esgrimista afiado, que realmente o teria golpeado com uma espada durante uma acalorada discussão. Os historiadores dizem que a versão real dos eventos nunca veio à tona porque os dois homens mantiveram um “pacto de silêncio” – Há quem diga que van Gogh estava perdidamente apaixonado por seu amigo, Paul Gauguin, e queria poupá-lo de um processo.
“A verdade é muito mais complexa do que a história que todos nós conhecemos. ” – afirma Hans Kaufmann, no livro “Pacto do Silencio”. “Na noite de 23 de dezembro de 1888, van Gogh, tomado por um ataque de uma doença metabólica, tornou-se muito agressivo quando Gauguin disse que estava deixando-o, mudando-se para Paris. Eles tiveram uma discussão acalorada e Vincent pode ter atacado seu amigo. Gauguin, querendo se livrar “do louco”, sacou sua arma e fez um movimento em direção à van Gogh, decepando sua orelha esquerda. Nós não sabemos com certeza se o golpe foi um acidente ou uma tentativa deliberada de ferir van Gogh, mas como era noite e estava escuro, suspeitamos que Gauguin não tinha a intenção de acertar van Gogh.” Gauguin deixou Arles no dia seguinte e os dois homens nunca se viram novamente.
Em 1889, Vincent van Gogh, doente, foi internado na clínica psiquiátrica “Saint Paul de Mausoléu”, em Saint Rémy. No fim de sua vida, ele se concentrou menos nas cores de suas obras e experimentou principalmente a intensidade do uso gráfico.
Em maio de 1890, o mundo perdeu um grande artista. Vincent van Gogh, no auge de sua insanidade, suicidou-se com um tiro na cabeça, na frente de seu irmão Theo.
Após a imersão cultural do dia, meu estomago me lembrava que era hora de comer. Decidimos fazer um delicioso picnic no meu parque favorito: Vondelpark!
Como adoro o ambiente desse parque florido, alegre e sempre agitado. Pessoas de todas as idades passam o dia nos gramados bem cuidados, brincando com seus cachorros, andando de bicicleta ou tocando instrumentos musicais…
Ah, eu poderia morar em Amsterdam, mesmo apesar do frio constante!
RED LIGHT DISTRICT
Cai a noite em Amsterdam e a cidade começa a se transformar.
A noite nos esperava, então, fomos para a Red Light District, região badalada de Amsterdam e conhecida mundialmente por seus pubs, coffee shops e também pelas vitrines de prostitutas.
Escolhemos um pub delicioso, onde tocava uma boa música. Optamos por shots de Jargeimeister, para esquentar. Após um “aquecimento”, fomos pra balada “The Last Waterholle”, onde terminaríamos a nossa “saga das 24 horas em Amsterdam”.
Amanhã nos vemos no Vondelpark?
Até ja!